5 expressões jurídicas que você pode (e deve) parar de usar hoje

Tabela de conteúdo

Clareza é poder. Escreva menos, comunique mais.

Seu vocabulário jurídico pode estar sabotando sua credibilidade

Você escreve “conforme já esposado”, “data venia” e “in casu” achando que está sendo técnico. Mas, na prática, está só dificultando a leitura e afastando o leitor — seja ele juiz, banca de concurso ou colega de profissão.

A linguagem jurídica tradicional está cheia de vícios que se perpetuam por hábito, não por eficácia.

Escrever bem não é enfeitar o texto. É comunicar com clareza e autoridade. E a escolha das palavras é um dos pilares dessa construção.

Hoje, você vai ver cinco expressões que enfraquecem a comunicação jurídica — e como substituí-las por alternativas mais simples, diretas e eficazes.

1. “Conforme já esposado”

Por que evitar:
Além de antiquada, essa expressão é vaga e pedante. “Esposado” no sentido de “declarado” não é mais de uso comum — e causa ruído na leitura.

Substitua por:

  • Como já mencionado

  • Conforme já exposto

  • Ou melhor ainda: reestruture para evitar a repetição e tornar o texto mais fluido

2. “In casu”

Por que evitar:
É um latinismo que não acrescenta precisão nem clareza. Muitos usam por hábito, sem pensar. Mas o latim, nesse caso, só dificulta o entendimento e soa artificial.

Substitua por:

  • No caso concreto

  • Na situação analisada

  • Neste caso

3. “Data venia”

Por que evitar:
É um clássico do juridiquês que acaba soando irônico ou protocolar demais. O tom respeitoso pode (e deve) ser mantido, mas com uma linguagem mais natural.

Substitua por:

  • Com o devido respeito

  • Respeitosamente, discordo

  • Ou formule diretamente: “Discordo da conclusão por entender que…”

4. “Outrossim”

Por que evitar:
Essa é daquelas palavras que ninguém usa na vida real, exceto em textos jurídicos. O problema é que ela não conecta ideias de forma clara, como deveria.

Substitua por:

  • Além disso

  • Ademais

  • Ainda, inclusive (conforme o contexto)

5. “Faz-se mister”

Por que evitar:
Poucos termos soam tão pretensiosos e vazios quanto esse. “Fazer-se mister” é uma forma desnecessariamente rebuscada de dizer que algo é necessário.

Substitua por:

  • É necessário

  • É fundamental

  • É preciso

O problema não é a formalidade. É a opacidade.

Você não precisa abandonar a linguagem técnica — mas precisa abandonar o que não comunica.

Escrever com clareza é respeitar o leitor e fortalecer seu posicionamento profissional. Expressões que obscurecem o sentido, que soam distantes ou exageradas não são marca de excelência: são ruído.

Checklist: revise seu texto e pergunte

  • Essa expressão ajuda ou atrapalha a compreensão?

  • Eu usaria essa palavra em uma conversa formal?

  • Existe uma forma mais direta de dizer isso?

Se sim, troque. E torne sua escrita mais estratégica, mais assertiva, mais sua.

Clareza é técnica. Clareza é autoridade.

No Direito, cada palavra carrega um peso. E a escolha certa faz diferença — não só na forma como você se comunica, mas na forma como é percebido.

Troque o rebuscamento pela precisão. Troque a tradição cega por consciência linguística.

Quer aprender a revisar seus textos com foco em clareza, impacto e estratégia?

Entre em contato!

Confira também...